Eiji Marvulle Nagae – Sistema de Lazer

Dados Técnicos:

Homenageado(a):

Histórico:

Eiji Marvulle Nagae, nascido da união das tradicionais famílias Nagae (Hideki) e Marvulle (Rosana), sendo ambas imigrantes de origem oriental (pai) e italiana (mãe), radicadas há mais de 100 anos no Brasil, sendo a maior parte do tempo na região de Ourinhos.

Eiji nasceu na comarca de Salto Grande, mas com domicílio em Ourinhos, na Rua Reinaldo de Azevedo, n° 299 no Jardim Paulista, aos 28 de abril de 1993, às 09:00hrs de um sábado. Nasceu, morou, morreu e está enterrado em solo ourinhense.

Sua última residência foi na Rua Amazonas, n° 805 na Vila Christoni em Ourinhos.

Desde cedo foi iniciado em atividades voltadas para o esporte. Com 6 meses já mergulhava na piscina em suas aulas de natação, mais tarde judô, futebol, sendo no final de sua vida a moto velocidade e jiu jtsu. Enfim, sempre gostou de esporte e cuidados com o corpo.

Frequentou escola Mundo Criança desde 1 ano e meio por pedido do irmão e ele por adorar estar em convívio social se adaptou perfeitamente.

Seguiu estudando e fazendo sempre alguns esportes, muito determinado e carismático fazendo muita amizade por onde passava.

Frequentou várias escolas em sua ânsia de experimentar coisas novas: Colégio Pólis, responsável pela maior parte de sua formação escolar; Colégio COC Jean Piaget; Escola Municipal de Ensino Fundamental “Professora Adelaide Pedroso Racanello”; Escola Estadual “Profa. Esmeralda Soares Ferraz”; Escola Estadual “Domingos Camerlingo Caló” até o ensino médio.

Nesta fase da adolescência sempre foi muito popular com os amigos e muito centrado, jamais se envolveu com consumo de ordem química ilícitas, nem mesmo de leve teor alcoólico. Era partidário de alimentação saudável e cultura de um corpo malhado sem produtos artificiais.

Nas baladas era o motorista por ser o único que não bebia, também o defensor quando surgia algum conflito arrumado pelos que bebiam, por ser forte e com personalidade de enfrentamento e muito amigo os amigos.

Nesta fase já com 17, 18 anos pôs em prática sua grande paixão pelas motos. Assim que pôde tirar sua CNH já convenceu o pai para ajuda-lo a comprar sua moto. Nunca mais parou e foi sua grande alegria.

Eiji sempre teve uma facilidade para negociar e já estava montando um capital para realizar seus sonhos mesmo sendo tão jovem.

Ao terminar o ensino médio foi fazer faculdade em Bauru na Instituição Toledo de Ensino, Curso de Ciências da Aeronáutica, mas depois de um ano percebeu que o ar não era seu destino e sim o asfalto, e então voltou para Ourinhos e ingressou nas FIO – Faculdades Integradas de Ourinhos, para fazer Engenharia Civil. Sempre foi um aluno com ótimas notas.

Neste interim montou com seu grupo de motoqueiros a SBK, grupo este que sempre se reuniam para correr estrada curtindo a velocidade e também se uniam para ajudar em alguns momentos algumas entidades com campanhas como por exemplo de leite para asilo, presentes para as crianças no Natal, etc.

Sua paixão por motovelocidade o levou a competir no circuito de Londrina na copa Lupinetti de motovelocidade no mês de março de 2016, onde competiu com sua moto 600 contra as de 1000 cilindradas, saindo vencedor por sua habilidade em fazer maestria as curvas, trazendo muita alegria para todos se sua família, amigos e para os cidadãos ourinhenses.

Em 2016 transferiu-se para a Faculdade Estácio de Sá, onde no dia 01 de abril, veio a sofrer o atentado contra sua vida.

Mas seu grande feito foi mesmo em apenas 22 anos de vida, com erros e acertos, mostrar o que é ser amigo, mostrar a compaixão, o respeito pelo ser humano e também pelos animais, principalmente os cachorros.

Segundo Dalai Lama: a compaixão tem pouco valor se permanecer uma ideia, ela deve tornar-se nossa atitude em relação aos outros, refletida em todos os nossos pensamentos e ações.

Assim era Eiji: atitude e compaixão, seus amigos assim o comprovam constantemente.

Reforça sua grandeza de caráter, Arthur Schopenhauer quando diz: “A compaixão pelos animais esta intimamente ligada à bondade de caráter, e quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem”.

Essa compaixão pelos animais foi comprovada em um evento onde ele esfolou no asfalto sua moto zero e sua pele da mão, joelho e cotovelo para não matar um cachorro que saiu na sua frente, infelizmente não conseguiu evitar, ele chorou muito, só se acalmando quando acenderam uma vela para a alma do cachorro e rezaram juntos para ele ficar bem.

Se comprova novamente em seu velório um evento incomparável mediante a comoção de todos os amigos e a homenagens incessantes. Seu legado de exemplo e força de caráter, serão inesquecíveis para aqueles que com ele conviveu.

Eiji teve muito pouco tempo de vida para fazer história de relevância política, mas a sua história dará a ele o reconhecimento por seus feitos imensuráveis no mundo subjetivo do amor.

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